Monday, March 23, 2015

Trabalho em grupo: texto com características transmidiaticas e hipermidiaticas.

Postado por Aline, Tarcia e Kamilla 
Segunda-feira, 23/03  15h 

A música que toca o ouvido e o coração


O 31º Reponte da Canção se aproxima, e com ele as memórias de uma grande história. O festival tem se consolidado como um dos maiores eventos nativistas da América Latina. São mais de trinta anos de história, música e festividades que marcaram época e gerações.  Com o lindo cenário da Lagoa dos Patos, em 1984 aconteceu o primeiro Reponte da Canção, Festival de música gaúcha de São Lourenço do Sul. Uma história que perdura até hoje, une famílias, cria expectativas nos músicos e escritores para apresentar uma nova música, a fase da seleção e triagem, a montagem do acampamento e a preparação para o tradicional caldo lourenciano. O Festival que era para trazer a cultura nativista e outras características, acabou se tornando parte da cultura do povo lourenciano em 30 edições anuais. 

 O antigo prefeito de São Lourenço, Rudh Hübner começou a idealizar o festival em 1983, quando teve as comemorações do centenário da cidade.  O 1º Reponte foi no Ginásio Nedilandi Vargas Correia e no próximo ano passou a ser no Galpão Crioulo do Camping, que foi construído na época sendo pensado especialmente para o evento. 

                                                 Foto: Divulgação 
                                           No Galpão Crioulo do Camping já estiveram grandes nomes da música brasileira, e até hoje são realizados diversos grandes eventos. 

Um fato interessante é que is troféus são com as mesmas características até hoje, homenageiam a história do gaúcho. O troféu de primeiro lugar é o Seival. Remete ao estaleiro de Giuseppe Garibaldi, construído a margem direito do rio Camaquã. 

Foto: Divulgação Zero Hora (Paixão no Estaleiro de Garibaldi)

O troféu de segundo lugar chama-se Troféu Lagoa dos Patos, homenagem a lagoa de São Lourenço do Sul e aos estaleiros e pescadores da região. 

Lagoa dos Patos. Foto: Hey Nadica

O de terceiro lugar, chama-se Troféu Estância do Brejo, o de propriedade da família de Bento Gonçalves.  


O músico Pandiá Cardoso e um dos integrantes das primeiras comissões organizadoras do festival contou que na década de 90 houveram muitas transformações, além do advento do CD possibilitando o aumento do número de músicas gravadas, também dividiram o festival em linhas campeira e livre, pois haviam muitas músicas que não passavam na triagem por não se encaixarem no perfil do evento.  Por ser um estilo novo, ajudou a popularizar ainda mais o Reponte entre os festivais. 

Na linha campeira as composições devem versar sobre costumes das lides de campo, representando a cultura gaúcha e grande pampa, devem constar tanto na letra, como no ritmo e instrumentos que irão utilizar. Já na modalidade livre, as composições tem maior liberdade na escolha dos temas, ritmos e instrumentos. Mas seguem respeitando as manifestações da cultura regional gaúcha e grande pampa.

Com a Lei de Incentivo a Cultura (LIC), foi possível a passagem de diversos artistas a partir de 1994, como Ivete Sangalo, Alceu Valença, Neto Fagundes, Luiz Marenco e muito mais.

Também em 1994, foi criado a primeira edição do Pérola em Canto, um outro evento dentro do Festival, especial para os artistas lourencianos, após uma época foi liberado também para quem possui a residencia na cidade a mais de 4 anos 

 Festival em família

O povo lourenciano prestigia todos os anos o festival com a mesma expectativa, encantar-se com as composições criadas pelos músicos da região, admirar parentes, amigos, conhecidos e até novos talentos. É um festival que tem toda a sintonia família misturada com cultura, famílias de músicos que se fazem presente todos os anos, famílias que estão na praça de alimentação todos os anos, famílias que montam tradicionais acampamentos no Camping (situado ao lado do galpão) aonde a festa continua todo o dia com churrasco, caldo lourenciano e muito música gaúcha. 

Um exemplo disto, é Guerda Maria Kuhn que teve por duas vezes composições eleitas como a mais popular pelo público do festival, é também compositora de mais de 50 músicas tradicionalistas, sacras e populares.  Assim, os filhos de Guerda também herdaram da paixão pela música, sendo classificados em 2004 para o Reponte com a canção "Gotas de Saudade", Alberto e Elsa Kuhn jovens com 15 e 12 anos. Também compuseram músicas juntas em outros Repontes, mas não conseguiram passar na triagem. 

Adão Quevedo, grande músico lourenciano, desde o 7º Reponte da Canção já participava de festivais, o seu filho Danilo Kuhn, conta um pouco da história da família nos Repontes. Começando por este, "Festivais... Assistir a música do meu pai, acompanhando a letra no livrinho do festival, cantando junto, tremendo o queijo, imitando a cantora. 7º Reponte, Velas e velas. A gente mandou imprimir camisetas com um barquinho à vela no peito e com o nome da música. O máximo!". 

Já no 11º Reponte a música de Adão Quevedo falava sobre a  poluição. Danilo contou que Uma mulher que acompanha a letra da música perguntou ao marido o que era “turvas”.

 “Quem aprendeu a respeitar a natureza/e a somente trocar o peixe pelo pão,// hoje vê as águas turvas com tristeza,/ minguando, sangas a morrer, poluição”. 

     Muitas pessoas queriam que a música do Carijó ganhasse, Lago verde e azul.
 “O medo de andar solito, ouvindo vozes e gritos, e até o barco em apito na sua imaginação”... “Coqueiro e figueira nos matos e a bela Lagoa dos Patos, oh verdadeiro tesouro... Lago verde e azul que, na América do Sul, Deus botou pra bebedouro”. 

"Mas a música do pai ganhou! Meu pai ganhou o Reponte!!! A minha irmã menor é bem sem noção. Em vez de tirar uma foto com o pai e com o troféu, pediu pro pai tirar uma foto dela com o Carijó." relembra Danilo. 

Ao passar dos anos, Adão também foi jurado do Reponte, presidente do Reponte e produtor cultural. Quando deixou estes cargos, que impediam que a família participasse com músicas, Danilo resolveu começar a sua participação no Repontinho. No ano de 2005, 13º Pérola em Canto, 21º Reponte, ele tocou duas músicas neste Repontinho, uma da Guerda (citada acima), e outra do Agenor. Passavam quatro músicas do Repontinho pro Reponte, e as duas músicas que ele tocava passaram!
 Danilo conta "Estava no CD e no DVD!!! Gotas de saudade, música da Guerda e letra do Luiz Antônio Weber (toquei com o Aluísio Rockembach, que foi ser meu aluno na Licenciatura em Música na UFPel no ano seguinte, e que é gaiteiro do Luiz Marenco!), e Pelos porões das distâncias, letra do Seu Agenor e música do Rafinha, filho do Alaor Madruga."

Em 2006,  14º Pérola em Canto (Repontinho), 22º Reponte, Danilo era compositor desta vez, classificou-se com a sua primeira produção própria "Romance em estiagem". Letra e música e arranjo de Danilo, Violão aço (Éverson Maré), contrabaixo (Danilo), acordeon (Gabriel Pelizzaro, hoje gaiteiro do Leonardo, cantor sertanejo), piano (Márcio Scheer), e violino (Luís Borges, o “Amarelo”, estudou violino em Portugal!). 
 Danilo descreveu um pouco daquele dia, "O Robledo Martins cantando, cantando muito. Um chamamé, meu primeiro chamamé composto. Tudo escrito na partitura. Mas gosto mais da letra que da música"... Poesia... “A vida, cá, na campanha,/ andava meio sisuda,/ coração feito cacimba/ esperando água da chuva.//." 
 Infelizmente ele não passou com ela pro Repontão. Mas ele conta que a apresentação foi muito boa e, naquele ano, as músicas do Repontinho também iam pro CD do Reponte, em álbum duplo. Então, a música não é mais inédita. Mas está no CD do Reponte! Isso é ótimo! 

 "Alguns compositores lourencianos não gostaram dessa ideia, pois “perderiam” suas músicas no CD do Reponte, sem tê-las classificado pra Fase Estadual de fato, não podendo inscrevê-las novamente em um outro ano, para arriscar que da próxima vez passariam ao Repontão... Porra! Mas não são capazes de compor uma composição por ano? E não se dão conta de que a música deles que ficou no CD do Reponte, mesmo sem concorrer na Fase Estadual, é divulgada para o estado todo, e até fora dele? Benza Deus! Ah! Também classifiquei a música Chora carreta, em parceria com o Seu Agenor Coelho, e a música Mar de dentro, do Mário Freitas, que eu ajudei a arranjar... Mas já nem me lembrava... Só me lembrei porque peguei o CD em mãos agora, para completar este relato..."

Em 2007, 15º Pérola da Lagoa e 23º Reponte, a música em que Danilo neste ano participava era Vento, água, areia e pedra. Um maçambique, ritmo praiano, com batuques. 
“Vento, água, areia e pedra/ nas margens da solidão,/ há tanto pranto contido/ dentro do meu coração”. Mais uma vez ele escreveu tudo na partitura. Flauta transversa (Daniel Zanotelli), acordeon (Igor Bandeira), percussão (Fábio Andrade), violão (Éverson Maré), piano (Márcio Scheer), Maria Conceição cantando, e Danilo no contrabaixo. Ganhou o prêmio de Melhor arranjo do Repontinho! Danilo conta que foi muito importante pra ele, "A música mais uma vez foi gravada no CD do Repontinho, álbum duplo do Repontão! Mas, mais uma vez, não classifiquei pra Fase Estadual. Que pena."

Em 2009, 17º Pérola e 25º Reponte, após no ano de 2008 não conseguir classificar-se no Repontinho, neste ano classificou-se do Repontinho para o Reponte, com a canção Um amanhecer de milonga,  no piano (Varela), flauta (Zanota), violão (Maurício Marques) e Danilo no contrabaixo... Também tocou contrabaixo na música do seu pai, O peixe de cada dia,  que também se classificou para o Repontão.

 "Passavam quatro músicas do Repontinho, duas da linha campeira e duas da linha livre, e na linha livre passaram a minha música e a música do pai! Pai e filho! Classificando-se juntos! Abocanhando as duas vagas da linha livre do Repontinho! Que honra! Que honra! Isto marcou a volta do pai como compositor ao Reponte...)!!! Baita onda a apresentação dessa música. Tá no CD e no DVD pra conferência! Ah! A música do pai ganhou Melhor tema sobre o meio ambiente! A minha não
ganhou nada... Mas nem precisava... Participar deste festival, e figurar no CD e no DVD uma obra minha, a qual compus com toda minha alma, é uma recompensa inestimável!!"
2010. 18º Pérola. A decepção para eles foi em dose tripla.  O pescador e o amor, que o Kako Xavier cantou, e tocaram com três tambores, maior energia em cima do palco, o pessoal adorou, mas a música não classificou do Repontinho pro Reponte. Danilo também tinha uma música na linha campeira do Repontinho, No garrão do continente (que agora classificou-se novamente para o Repontinho, deste ano de 2015, porque ela ainda está inédita, haja vista que não sai mais CD das músicas do Repontinho), música dele e letra do Dr. Eduardo Kern, mas que também não classificou. E ainda tinha uma música de Adão também na linha campeira do Repontinho, O homem da perna só, homenagem a um personagem folclórico de São Lourenço, um domador de cavalos que só tinha uma perna e que ainda assim era o melhor domador da região: Antoninho “Perneta”. Uma chamarra, com direito a “truviscaço” de violões e de gaita-ponto... Mas a música também não classificou. 

2011, 19º Pérola e 27º Reponte. Adão classificou uma música no Repontinho, linha campeira, a qual se classificou para a Fase Estadual, Domingueira! Cantou o Cristiano Quevedo ( descobriu-se que ele e o Adão vêm a ser primos em algum grau). Danilo conta que era um milongão beeem botado, "falando de corridas de cavalos, as “carreiras”. E ficamos em segundo lugar no Repontão!!! Eu toquei contrabaixo... E depois ficamos sabendo que perdemos o primeiro lugar por apenas dois décimos na pontuação. “Foi por um focinho”, a gente brincou."

2012. 20º Pérola. 28º Reponte. No Repontinho (o Pérola em Canto), Danilo tinha uma composição linda, música dele e letra do pai, O encantador de palavras. Cantou o Robledo, tocaram o Nilton Jr. e o Elias Kuhn (meu primo segundo) aos teclados, o Maurício Marques ao violão de 8
cordas, e o Gil Soares na flauta transversa. A apresentação foi impecável, mas a música não classificou para o Repontão. 
 Eles também uma composição na linha campeira do Repontinho, Romance do lírio branco, letra do Adão e música do Danilo, o Flávião (Hanssen) cantou, Danilo no contrabaixo, o Pezinho (Dr. Fernando Saalfeld) tocou acordeon, e o Maré tocou violão. Mas não classificaram pra Estadual. 

"Além disso, o Show dos Artistas Lourencianos desta edição era do pai, e eu fiquei encarregado da produção do show, dos arranjos, dos ensaios... Muitos músicos na nossa casa, muito, mas muito ensaio. O show foi mágico. Gravamos em DVD. O pai já tem quase cento e cinquenta músicas próprias em CDs (discos, antigamente) e DVDs de festivais nativistas...!!!  Foi muito marcante, e gratificante pra mim ver o pai tendo o reconhecimento, ao menos naquele momento, que lhe é devido e merecido. E, como se não bastasse, o pai tinha classificado uma música diretamente na Fase Estadual do Reponte, na linha campeira, Quando a saudade anda à cavalo, uma narrativa de um filho que se ressente da morte do seu pai (o pai me disse que numa noite ele sonhou com o pai dele, o “Vô Adão” – sim, o pai se chama Adão Quevedo da Silva Filho – que era beeem gauchão, e decidiu fazer uma milonga campeira em homenagem a ele). E esta música ganhou o Reponte! 1º lugar da linha campeira! Mais de quinze anos depois, o pai voltava a vencer o Reponte! E, desta vez, eu não era um pirralho assistindo à música na plateia... Eu toquei contrabaixo na música! Recebi o troféu junto com meu pai! É, eu admito. Deus tira de um lado, mas bota no outro... Sim, foi um baaaita ano!"  
2013. Danilo tocou na composição do Fernando Teixeira que abordava o tema da enxurrada em São Lourenço (dois anos depois), na linha livre do Repontinho. A música classificou para o Repontão (e ganhou Melhor tema sobre o meio ambiente). Ele também tinha outra composição na linha livre do Repontinho, o maçambique O pescador e o amor, lá de 2010, que passou de novo pro Repontinho, mas não passou, mais uma vez, pro Repontão.

2014. Ano passado. 22º Pérola. Edição especial, de 30 anos do Reponte. E para mostrar que o Festival faz parte das pessoas, o Danilo é o próprio exemplo, que tem a idade do festival e a história de ambos fazem parte um do outro.   Neste ano Luciana Melo, que a recém fez 18 anos, classificou uma composição na linha livre do Repontinho, a música não classificou pro Repontão, mas a apresentação foi um sucesso (inclusive, esta canção, recentemente, classificou-se no 21º Canto Moleque, principal festival de intérpretes infantis e juvenis - e rendeu à Lu um lugar entre as cinco melhores intérpretes juvenis do estado, além da premiação Melhor tema ambiental para A lagoa e seus encantos, oportunidade na qual Danilo a acompanhou ao violão). 
Adão novamente classificou uma composição diretamente no Reponte (Fase Estadual), em parceria com o músico Tuny Brum, Tempo, olho invisível, música que ganhou o segundo lugar na linha livre do Reponte!!! Danilo tocou também na música, inclusive, o baterista com o qual tocou é o atual baterista do Humberto Gessiger, aquele dos Engenheiros do Hawaii. O nome do batera é Rafael Bisogno. .
 Mas o melhor ficou reservado para o lado compositor de Danilo,  "minha composição Romance de pampa e sol classificou-se na linha livre do Repontinho e, recém pela segunda vez, e cinco anos após a primeira vez, minha música classificou-se para o Repontão! E também ganhou o prêmio Melhor arranjo do Repontinho (minha segunda premiação de Melhor arranjo instrumental). Foi uma apresentação emocionante."
Danilo neste ano criou uma citação  "'Abstraia a si mesmo, e vire música'. Esta frase faz alusão ao que eu sinto quando estou no palco, principalmente tocando uma música minha, composta por mim. Eu não penso em literalmente nada, não sinto rigorosamente nada, apenas me torno MÚSICA!!!"


No ano passado, no 30º Reponte da Canção, a música mais popular foi "Uma lua de Cavalos" de Lauri Lopes, Cristiano Quevedo e Adriano Gross. Confira no vídeo abaixo: 




Apresentações que deixaram marcas

No 29º Reponte da Canção em 2013, a apresentação que marcou o festival foi a de Jair Rodrigues, um show extrovertido em que o músico não parou nenhum minuto, além de animar com a sua música, também contagiou com a sua felicidade. Após o show uma fila se formou no camarim para tirar fotos com ele e o cantor disposto atendeu a todos. No dia 8 de maio de  2014 veio a triste notícia, que o cantor havia falecido em São Paulo.  

Foi um momento aonde os lourencianos se sentiram emocionados e honrados por ter a oportunidade de receber um dos últimos shows de Jair. Foram muitas as declarações e homenagens para ele nas redes sociais. 

Jair Rodrigues no 29º Reponte da Canção
Foto: Aline Cunha

 31º Reponte da Canção 

Neste ano o festival ocorreu nos dias 10, 11 e 12 de abril no Galpão Crioulo. As músicas selecionadas podem ser visualizadas no site do Reponte.   Grupo Querência, Sulinos, Cristiano Quevedo, Elton Péricles, Pedro Guerra e Daniel Torres foram algumas das atrações confirmadas.  Simultaneamente aconteceu o 23º Pérola em canto, 10º Encontro Estadual de Invernadas e a 11ª Feira de Economia Solidária.
Em sua 31ª edição, em valorização a todos que de alguma forma passaram pelo festival, a Prefeitura promoveu durante o evento, um espaço em memória a todas as edições do Reponte da Canção.
Em murais estavam expostas as composições vencedoras durante todas as edições do festival e dados comparativos sobre sua evolução. Segundo a assessoria de Imprensa da Prefeitura  "Muitos destes visitantes afirmam prestigiar o evento desde sua primeira edição. Como uma forma de preservar os músicos, artistas e compositores que subiram ao palco do Reponte da Canção."

 

Após três dias do festival nativista, foi entregue à premiação às composições vencedoras. A chamarrita “Com a tropilha por diante”, de São Gabriel-RS e Lages-SC, na linha campeira, e o chamamé “Do lunar de Sepé”, de Santo Antônio da Patrulha-RS, na linha manifestação regional receberam o título de campeãs do 31º Reponte da Canção. Ambas as composições receberam o Troféu Seival. “Pedacito del cielo”, composição lourenciana com letra de Kadinho Freitas e música de Nenê Freitas, classificada através do 23º Pérola Em Canto, foi eleita a composição mais popular e recebeu o Troféu Caixa Econômica Federal.

Vencedora da linha campeira - Com a tropilha por diante
Vencedora na linha manifestação regional - Do lunar de Sepé


Confira as composições premiadas no 23º Pérola Em Canto:
1º lugar na linha campeira – composição classificada para o 31º Reponte da Canção:
- “No passo das lavadeiras”; de autoria de Adão Quevedo. 
1º lugar na linha manifestação regional – composição classificada para o 31º Reponte da Canção:
- “Pedacito del Cielo”;
Melhor poesia – Troféu Peão das Águas:
Melhor arranjo instrumental – Troféu Peão das Águas:
- “Ao som da milonga”, arranjo coletivo;

Confira as composições premiadas no 31º Reponte da Canção:
1º Lugar – Troféu Seival:
- Linha Campeira: “Com a tropilha por diante”;
- Linha Manifestação Regional: “Do lunar de Sepé”;

2º Lugar – Troféu Lanceiros Negros:
- Linha Campeira: “Flor de abóbora”;
- Linha Manifestação Regional: “Pedacito del cielo”;

Composição mais popular – Troféu Caixa Econômica Federal:
- “Pedacito del cielo”;

Melhor instrumentista do festival – Troféu Ernani Ferreira:
- Lucas Fé, na bateria, pela composição “Prece a Senhora do Rosário”;

Melhor intérprete do festival – Troféu César Passarinho:
- Daniel Torres, pela composição “Pedacito del cielo”;

Melhor poesia – Troféu Sérgio Laforet Padilha:
- Linha campeira: “Flor de abóbora”, letra de Edilberto Teixeira;
- Linha manifestação regional: “Acorda Brasil”, letra de Cristina Saraiva;

Melhor arranjo instrumental do festival – Troféu Lagoa dos Patos:
- “O poeta ‘une verso’”, de autoria do Grupo Comparsa Elétrico;

Melhor melodia – Troféu Noel Guarany:
- “Com a tropilha por diante”, com letra e música de Kiko Goulart;

Melhor tema litorâneo – Troféu Costa Doce:
- “Prece a Senhora do Rosário”;

Troféu Raízes – oferecido à personalidade que se destacou na trajetória do Reponte da Canção:
- Equipe de Manutenção da Secretaria Municipal de Saúde;
- Equipe da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio;
- Equipe de Manutenção da Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo;
- Equipe da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto;
- Equipe da Secretaria Municipal de Administração;

Troféu Origens: Programa Galpão Crioulo – oferecido pela RBSTV ao destaque do festival:
- Texo Cabral, flautista;

Thursday, March 12, 2015

Trabalho 12/03: matéria opinativa e interativa

          
    Mauri Splenger: o nome mais lido no dia em São Lourenço 

Colunista esperava que nenhum lourenciano lesse o seu texto preconceituoso sobre a cidade e acabou alvo de critica e repercussões em midas sociais


O colunista Mauri Splenger do Jornal A Gazeta de Campo Bom escreveu em sua coluna "Rebatendo" na semana passada uma matéria sobre São Lourenço do Sul. aonde critica a cidade em alguns pontos, mas principalmente na questão da "beleza".


 "Que monte de gente feia", "nutricionista morre de fome pois quem não pesar mais do que uma centena de quilos, não é de lá." , "as mulheres de lá são que nem pantufas, dentro de casa são gostosinhas mas na rua passam vergonha, "o mais engraçadinho se parece com um dedão destroncado", são algumas das frases que o colunista escolheu para falar sobre os lourencianos, dentre outras semelhantes e do mesmo nível.  

Quando os lourencianos tiveram acesso ao jornal, o facebook encheu-se de repudio. A população ficou chocada com as palavras, com as ofensas e principalmente com o preconceito. Mauri teve que apagar todas as suas redes sociais, tanto o perfil pessoal do facebook como a página de sua coluna, pois muitos lourencianos mandaram mensagens indignados com a situação, o caso se tornou viral nas redes e foi se espalhando cada vez mais. 

Do ponto de vista jornalistico, aonde está a ética desta situação? Uma opinião pessoal de um senhor  em um jornal pode passar um certo valor para as pessoas que leem? Pois se passase, os leitores iriam querer passar longe de São Lourenço nas suas férias. E até que ponto vai a liberdade de expressão a ponto de também usar palavras de baixo calão para lidar com pessoas, como "gostosinhas em casa"? Não é surpresa que ele seja proprietário do jornal, pois nos tempos de hoje é difícil achar algum espaço que contrate pessoas para escrever colunas desta forma. 

 Foi um dia de indignações e muitas opiniões pessoais no facebook, em alguns lugares eram compartilhados os xingamentos enviados a Mauri, que geralmente não respondia apenas visualizava (antes de excluir sua página).  A estudante de jornalismo Augustine Tim foi a única a obter uma resposta dele, em que ele respondeu que já escreveu uma nota de desculpas que será publicada na próxima edição do jornal e que ele está sendo "linchado" e se sente arrependido por suas palavras.

O Jornal O lourenciano, escreveu uma coluna sobre o assunto "Sobre liberdade de expressão, feios e a ética jornalistica"   . Aonde a doutora em direito, Carmem Carmino, falou um pouco também sobre a questão ética: "O Sr. Spengler, supostamente, é “jornalista”, tem coluna própria  com título “Rebatendo”, em jornal que circula numa das mais prósperas e organizadas cidades gaúchas. Deve – ou deveria – conhecer alguns conceitos mínimos da profissão, especialmente no plano ético, porque  o exercício da liberdade de expressão e opinião, embora assegurado na Constituição, tem limites na ética. É a consciência ética que impõe limites ao exercício de qualquer direito, daí se afirmar que nenhum direito pode ser exercido de forma absoluta."


A Prefeitura Municipal de São Lourenço do Sul  também lançou uma nota de repúdio: 

" A Prefeitura – Administração Governo de Todos, através do prefeito Daniel Raupp, repudia a nota publicada pelo Jornal A Gazeta de Campo Bom, de autoria do colunista Mauri Spengler. A Prefeitura destaca que São Lourenço do Sul é uma terra repleta de belezas naturais, principalmente seu povo, pessoas bonitas, simpáticas, hospitaleiras, gentis e com certeza muito batalhadoras. Com força de vontade e autoestima, superamos adversidades. Esperamos ser reconhecidos por nossas ações e não apenas julgados pela aparência. Comentários superficiais e irresponsáveis como o do colunista mencionado apenas colaboram para disseminar estereótipos e preconceitos, exatamente o contrário do que prezamos: respeito e valorização da diversidade.


                                                         Mauri Splenger -  Foto: Divulgação


Que monte de gente feia
 Mauri Splenger
 

  "Pois muitas pessoas me perguntam o motivo pelo qual, quando temos oportunidade veraneamos na belissima, mas longínqua praia de São Lourenço do Sul. Finalmente decidi dizer a verdade. É lá que me sinto inteiramente a vontade e vocês não vão acreditar por qual motivo. Vocês não imaginam o que tem de gente feia naquele lugar. Imagina uma pessoa feia e multiplica por quanto você quiser e ai multiplica mais uma vez. 
A Célia minha sogra, que todos sabem é pura elegância que, se não fosse ela já ter “uma certa idade” poderia até aceitar o convite para concorrer a Garota Verão de São Lourenço do Sul. Lá é o lugar que qualquer pessoa que tenha uns quilinhos a mais assim como eu, sente-se totalmente magro e elegante. Nutricionista lá morre de fome pois quem não pesar mais do que uma centena de quilos, não é de lá. As mulheres, as mais elegantes, não tomam banho de sol em cadeiras, elas se esparramam em algumas toalhas. 
As mulheres de lá são que nem pantufas, dentro de casa são gostosinhas mas na rua passam vergonha. Não vou nem falar da feiura dos homens pois o mais engraçadinho se parece com um dedão destroncado. Por favor, não me julguem mal, até porque, quem me conhece sabe que nunca dei muita bola pra isso, mas chega uma hora que a verdade precisa vir a tona. Só fico na torcida para que nenhum lourenciano e, principalmente nenhuma lourenciana leia esta coluna." 

Trabalho 12/036: Matéria com subtítulos.

Manifestações são previstas em todo o Brasil neste domingo 

Em 1992 aconteceu o primeiro e único impeachment da história do Brasil, quando Fernando Collor de Melo foi afastado da presidência por denuncias de corrupção. O impeachment só acontece em casos que são descritos como crimes de responsabilidade. 

Seria possível um impeachment neste ano? 

No dia 15 de março foi programado manifestações em todo o Brasil a favor do Impeachment da presidente Dilma. Mas, quais são as bases para isto? 
Aumento da luz, água, gasolina e etc.. foram alguns dos fatores que contribuíram para que a população se revoltasse desde que a presidente Dilma assumiu o seu segundo mandato. 
Ives Granda Martins, jurista e professor emérita da Universidade Mackenzie, publicou no jornal Folha de S. Paulo um trecho que escreveu a respeito do impeachment, e que segundo ele haveria uma fundamentação jurídica para um processo como esse, baseando-se na hipótese de culpa de presidente diante dos escândalos que tem sido revelados envolvendo desvios de dinheiro público na Petrobras. 

     Qual a probabilidade? 

Segundo Granda, a única possibilidade mais cabível seria se diante do manifesto os deputados acharem que "pega mal" ficar ao lado da presidente. Mas politicamente seria improvável. 

                O que pensa a Dilma? 

No dia 09 de março Dilma falou em entrevista a jornalistas que a questionaram sobre o impeachment que é uma questão natural a população estar revoltada com o governo. Mas que não há razão para pedidos de impeachment nesta manifestação. Dilma declara também  "Eu sou de uma época em que, se a gente se manifestasse, acabava na cadeia, podia ser torturado ou morto. Chegamos à democracia e temos que conviver com a manifestação. O que nós não podemos aceitar é a violência ". 

Foto: Reprodução UOL 

  Quem assumirá em caso de impeachment?

 Segundo a Lei 1.079/50, caso o processo de impeachment seja julgado e considerado procedente, quem assume é o vice, no caso, Michel Temer (PMDB-SP), que permanece até o fim do mandato. Caso o vice também seja afastado ainda durante a primeira metade do mandato, serão convocadas novas eleições. 

Huck publica nota desculpando-se mais uma vez por polêmica


Huck publica nota desculpando-se mais uma vez por polêmica

12/03  18:44h 

Luciano Huck tem se envolvido em algumas polêmicas com a sua marca Use Huck, que repercutiram nas mídias sociais ultimamente.

Polêmica da camiseta da banana #somostodosmacacos
Polêmica camiseta que incentiva o abuso infantil "vem ni min que eu to facim"

Na primeira polêmica em que foi criada a camiseta da banana em apoio a Daniel Alves hora depois, em que as pessoas entenderam como uma jogada de marketing para faturar, Luciano demorou alguns dias para se pronunciar sobre o assunto. Já na segunda polêmica que envolve um conteúdo adulto na camiseta da coleção infantil, Luciano manifestou-se sobre uma grave falha operacional. Segue abaixo o desabafo que Luciano fez em sua página do facebook: 

Foto: Reprodução 




Huck ataca novamente: mais uma campanha polêmica

Luciano Huck é um grande alvo para a polêmica, no ano passado a campanha da camiseta com a banana de incentivo a Daniel Alves #somostodosmacacos repercutiu muito. Leia matéria anterior. 

Mas dessa vez ele foi acusado por outra coisa: incitação a pedofilia. A marca Use Huck usou em uma camiseta da sua coleção infantil a frase "vem ni mim que eu tô facin".
A marca foi notificada pelo PROCON, que deseja saber quantas peças foram vendidas, para quem e também se foi elaborada alguma campanha para eliminar os efeitos negativos da publicidade ilícita no comportamento do consumidor.

A companhia também corre o risco de ter o site retirado do ar se não tomar as providências pedidas. A marca explicou-se "É comum em e-commerce que as artes das estampas sejam aplicadas posteriormente sobre fotos dos modelos com camiseta branca, conforme o exemplo abaixo. Por erro nosso, todas as artes de Carnaval (inclusive e infelizmente esta arte) foram aplicadas sobre a coleção infantil e disponibilizadas no site sem a devida revisão.  Assim que percebemos esse lamentável erro, imediatamente retiramos a imagem do ar e decidimos escrever essa carta para explicar tecnicamente o problema conjuntamente com um pedido de desculpa pela falta de bom senso e pelo descuido. Obviamente, não fosse o erro, nem a USEHUCK, nem qualquer outra marca teria a intenção de usar uma imagem como essa para vender camisetas ou para qualquer outro fim", disse no dia da polêmica o sócio de Huck, Rony Meisler. 



Foto: Reprodução Revisa Fórum 

A camiseta: R$ 69 de incentivo a cultura ou vantagem?

12/03 17h

A camiseta: R$ 69 de incentivo a cultura ou vantagem ?
A polêmica da grife de camisetas de Huck 

A grife de camisetas de Luciano Huck já foi alvo de algumas polêmicas anteriormente. Começando pela polêmica da camiseta da banana.

Entenda melhor a história: Daniel Alves foi vitima de racismo no jogo entre Villareal e Barcelona, no momento em que ele  foi cobrar um escanteio, um torcedor atirou uma banana, Daniel descascou a banana e comeu. 


 Após isto o jogador Neymar Junior postou em seu instagram um texto apoiando o amigo com a hashtag "somos todos macacos", a qual teve uma jogada de marketing criada por uma agência de publicidade. Guga Ketzer, sócio e vice-presidente de criação da agência Loducca falou que o movimento surgiu para tirar força da palavra do agressor preconceituoso e que não seria uma campanha e sim um movimento!  
Logo após a publicação de Neymar, #somostodosmacacos virou febre, artistas postavam fotos com bananas e virou uma repercussão mundial. Mas o que indignou a população além da agência de publicidade de Neymar, foi como Luciano Huck tentou levar vantagem da situação quando horas após estava disponível no site a camiseta da banana custando R$ 69. 

Foto: Reprodução 


Com a polêmica o assunto se tornou um dos mais falados do twitter, o site da loja chegou a ficar fora do ar por algumas horas e quando voltou o produto não estava mais disponível.
Luciano demorou para se manifestar sobre o assunto, mas após divulgou a seguinte nota: